Plutão e a bomba atômica
- J. M. Saimagos
- 22 de jun.
- 3 min de leitura
Plutão, a Morte Subterrânea e o Ciclo da Ordem Divina
Na madrugada de 22 de junho de 2025, um evento silencioso e sísmico se desenrolou no coração das montanhas do Irã. A mais de 90 metros de profundidade, uma operação militar coordenada entre os Estados Unidos e Israel destruiu uma usina subterrânea de enriquecimento de urânio — um dos centros mais sigilosos do programa nuclear iraniano. Independentemente das ideologias, é impossível ignorar o simbolismo arquetípico e cósmico que envolve essa ação, e que ecoa as sombras longas de um ciclo que está sendo reativado no céu: o ciclo de Plutão.
Plutão é o deus das profundezas, dos infernos mitológicos e das forças invisíveis que comandam a morte e a regeneração. No céu, Plutão é o planeta mais lento e oculto, e também o mais implacável. Seu movimento é tectônico — não apenas em termos geológicos, mas espirituais, civilizacionais e históricos.
Plutão e a Bomba Atômica: um ciclo que se repete

Não por acaso, Plutão foi descoberto em 1930, justamente quando a ciência começava a explorar as possibilidades destrutivas do núcleo atômico. Quando Plutão ingressou no signo de Leão, no final da década de 1930, os projetos de construção da bomba atômica foram acelerados. E foi no grau 15 de Leão que a humanidade testemunhou o horror de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945 — uma devastação inédita, que revelou o poder infernal da fissão nuclear.
Agora, quase 80 anos depois, Plutão caminha pelos primeiros graus de Aquário — signo oposto e complementar de Leão — ativando a polaridade dessa narrativa. Aquário é o signo das redes, da inteligência artificial, da coletividade, da eletricidade e da engenharia do futuro. É também o signo da rebelião, das utopias e das tecnologias de massa.
Em julho de 2025, Plutão se encontra retrógrado no grau 2 de Aquário. E o que se destrói agora — nas profundezas da terra iraniana — pode ser a semente negra de um novo horror que venha à tona quando Plutão atingir o grau 15 de Aquário entre os anos de 2032 e 2034. O eco de Hiroshima pode ressoar de novo, em nova frequência, em nova linguagem, mas com a mesma sombra — porque o universo opera em espirais, e os ciclos se repetem, sempre em nova oitava.
Saturno e Netuno em Áries: o tempo do juízo
Enquanto Plutão cava as fundações de um novo mundo (ou de sua destruição), o céu de 2025 está tomado por outra conjunção importante: Saturno conjunto a Netuno no signo de Áries.
Saturno, o senhor do tempo, da estrutura, das leis e dos limites, encontra-se com Netuno, o dissolvente, o visionário, o senhor das névoas, da religião e da ilusão. Eles se unem no primeiro signo do Zodíaco, Áries, o arquétipo do início, da faísca, da explosão, da guerra.
Essa conjunção, que se intensifica nos próximos meses, está formando uma quadratura com Júpiter em Câncer — um aspecto tenso que fala de confrontos ideológicos, disputas religiosas e manipulação emocional em escala global. Saturno e Netuno juntos representam o colapso de estruturas ilusórias, a queda de sistemas de crença, o esfacelamento de mitos políticos e espirituais.
Áries rege o fogo, a iniciativa, a impulsividade. A união de Saturno e Netuno ali pode gerar tanto o nascimento de uma nova ordem espiritual quanto o surgimento de fanatismos, cultos destrutivos e regimes de controle mascarados de salvação.
Urano em Gêmeos: a ruptura nos céus
E como se não bastasse, em julho de 2025, Urano ingressa em Gêmeos. Urano é o relâmpago, o abalo, a inteligência artificial, a subversão da linguagem e da lógica. Em Gêmeos, signo da comunicação, da informação, dos transportes e das redes sociais, Urano inaugura uma revolução mental, digital e cognitiva.
Estamos diante de um céu altamente eletrificado, com Plutão em Aquário, Urano em Gêmeos, e Netuno-Saturno em Áries — todos signos mentais, ligados ao elemento Ar e Fogo, que aceleram o tempo, acendem conflitos e criam descontinuidades históricas.
Não é o fim. É o começo.
A destruição da usina iraniana não é o fim de um projeto. É o prólogo de uma nova fase na corrida por hegemonia atômica, energética e espiritual. O céu avisa que estamos apenas no início de um ciclo que culminará com Plutão entre os graus 12 a 15 de Aquário entre 2032 e 2034 — exatos espelhos sombrios dos graus em que Plutão estava quando explodiu a bomba em 1945.
A Ordem Divina não é moral. Ela é matemática. O que foi semeado no fogo de Leão, amadurece agora no gelo elétrico de Aquário. As polaridades se alternam. E como no I Ching, o extremo da luz traz a sombra; o auge da noite prepara o amanhecer.
Que estejamos atentos. Pois os deuses estão despertos.
Para compreender os ciclos aplicados na sua vida agende um horário através do (11) 96690 6266
Comments